Decidi ir ao dentista!
Claro que não vou ao cirurgião dos dentes com a mesma freqüência que vou ao parque, que eu como temaki, que ando de skate, que vou à academia e muitas outras coisas.
Na real sempre achei o dentista um pouco louco, aquele cara que fica descobrindo cáries e mexendo em equipamentos de ruídos malucos que dão frio na barriga.
Eis que surge aquela consciência pesada de não ir ao dentista pelo menos 2x por ano como deveríamos ir.
Já sei também que um sorriso lindo, dentes brancos e bom hálito sempre faz sucesso até embaixo d'água!
Resolvi encarar essa jornada!
Sim, porque escutar aqueles barulhos infernais, sons interruptos que já me provocam calafrios não é pra qualqur um.
Cheguei e já não escutei direito o "bom dia" , a "britadeira" já estava trabalhando sem parar, aquele som entrava no meu ouvido e se enterrava ali, bem nos meus tímpanos, sem conseguir escutar o barulho do transito e muito menos escutar o interfone da clínica.
Respirei fundo e senti que era a minha vez! Com as mãos tremendo, a boca seca, logo pensei: Se minha mãe estivesse aqui comigo já teria feito cara de cão sem dono, quem sabe assim ela diria: "ok, filha! Depois voltamos."
Mas, não! Iria enfrentar aqueles turbulentos barulhos martelando meus dentes, petrificando na minha gengiva e sentindo de leve aquela injeção entrar pela minha boca até não sentir absolutamente nada!
Pois bem! Resolvi entrar cheia de coragem, vesti a armadura e estava sendo a heroína da vez ,do mês, do ano, da década, dos tempos, da era. CLARO, que eu senti tudo que tinha falado pra vocês, também escutei barulhos horrorosos saindo da minha boca, marteladas nos dentes e minha língua que não conseguia se acalmar.
Sai com a boca mais inchada do planeta! Dois dentes que não foram chamados pra festa da boquinha, os famosos "cisos" foram retirados à força e com isso fiquei que nem o Kiko ou o fofão.
Mesmo assim fiquei feliz, agora posso dormir bem confortável, afinal minhas bochechas viraram meu travesseiro, pelo menos por alguns dias.
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